Mostras



Aqui
Brasil/ MG, 2024, 8’50’’
Um documento poético sobre lugares e memórias. E também sobre lugares que guardam memórias - e vice-versa. Uma dança com imagens, sons e palavras, onde o individual e o coletivo, o histórico e o corriqueiro, o real e o imaginado, o corpo e a cidade, se misturam. Criada a partir de exercícios de observação e improvisação em vivências performativas nos bens tombados e outros lugares da cidade de Ipatinga.

Corpografias do pixo
Brasil/ MA, 2019, 7’45’’
Corpografias do pixo é um lugar de encontro com a cidade e suas inscrições urbanas. No experimento, duas performers saem pelas ruas para corpografar (mapear com o corpo) pixações através da dança que produzem. As duas performers se colocam frente a superfícies pixadas lançando mão de seus corpos como dispositivos para mapear as inscrições urbanas presentes na cidade. Marcia de Aquino e Gê Viana tensionam o corpo cotidiano, buscando registrar, através de suas subjetividades, os modos urbanos de resistência, seus desvios, mapas e códigos pixados na cidade.

Geléia de morango
Brasil/ SP, 2025, 7’46’’
Numa noite quente de verão, uma pessoa sozinha em seu apartamento vê na dança um meio para libertar-se do tédio imposto pelo isolamento. Seus movimentos a teletransportam para diferentes espaços, iniciando uma série de devaneios banhados a luzes coloridas, calor intenso e cenários que se fundem em uma metamorfose onírica. A noite selvagem será palco de uma jornada em busca da satisfação de seus desejos doces e azedos feito geleia de morango.

Mesa posta
Brasil/ BA, 2021, 8’
Mesa posta trata da relação entre violência simbólica e feminicídio. Aborda um processo de tomada de consciência que questiona situações aparentemente corriqueiras, porém opressoras, estabelecendo limites sobre elas. Nessa narrativa, a mulher percebe que vive sob a condição da violência e rompe com a atmosfera agressiva. Esta é uma produção artística feita em tempos de pandemia, que se posiciona radicalmente contra à autorização cultural que violenta, fere e mata mulheres. A obra dá recados diretos sem pesar esteticamente sobre um tema já sobrecarregado. Em muitos momentos sente-se o respiro e a cumplicidade entre as mulheres como algo fortalecedor no processo de enfrentamento ao machismo.

Pavilhão
Brasil/ RJ, 2025, 13’25’’
'Pavilhão' é um filme musical e poético, que segue a jovem Aleksia enquanto ela explora a rica história do samba na favela onde mora, no Rio de Janeiro. Através da história da escola de samba Paraíso do Tuiuti, Aleksia descobre suas raízes espirituais, uma forte herança e a resistência cultural que moldou o samba. Dos orixás africanos às revolucionárias tias baianas, da proibição ao carnaval, o filme celebra a alegria e a resistência da cultura afro-brasileira. Enquanto Aleksia se prepara para seu primeiro desfile de carnaval, ela aprende que o samba é mais do que música - é uma ferramenta poderosa para reivindicar a história e fomentar o orgulho comunitário.

Poda
Brasil/ DF, 2022, 12’
Um burocrata sobrecarregado, um pai de um família tradicional e um soldado, três personagens que estão interligados por um elo sinistro, um pacto herdado por gerações. Poda é um curta-metragem que convida as pessoas espectadoras a observarem algumas das muitas engrenagens que fabricam o arsenal de uma história genocida. Esta criação fílmica em dança é parte de um projeto de defesa do Mestrado Acadêmico em Dança (PPGDANÇA/UFBA), que buscava investigar as possíveis relações entre a dança, o terror cinematográfico e o terror de estado no Brasil.

Pra onde eu vou?
Brasil/ MG, 2024, 17’
Um homem transita e se movimenta pelas ruas de uma cidade. Em fuga ou em busca de algo? Um filme de ação com dança, ou uma videodança que flerta com o cinema de gênero, ou uma videoperformance que documenta poeticamente o corpo, o espaço e o tempo a partir da relação do performer com o contexto urbano. Uma narrativa que se desenrola em um intervalo de acontecimentos e que não responde muitas perguntas - nem mesmo aquela que dá título à obra. O que interessa é o percurso e o que pode acontecer dentro dele.

Rainha de paus
Brasil/ MG, 2024, 5’32’’
Rainha de Paus é uma livre interpretação do Arcano Menor do Tarot - RAINHA DE PAUS - que retrata uma mulher forte, sabia, auto suficiente, misteriosa e com grande força criadora. Esta rainha é parte dos arcanos da corte no naipe de fogo e está em seu trono segurando um bastão, elemento de principal inspiração para as ações e movimentações no vídeo. A obra sublinha sua solitude e calma retratando um dia em seu cotidiano na paisagem deslumbrante do bairro Vale do Bom Jardim, localizado na cidade de Camanducaia - MG, na região da Serra da Mantiqueira. Os caminhos que percorre, o que come, o que ouve e como dança para manter o espírito alinhado e o corpo em movimento. Manipula seu bastão se valendo dos ensinamentos chineses. Medita, dança e expande seu poder, canalizando sua energia criadora em contato respeitoso com a natureza.

RAÍZES EM MOVIMENTO
Brasil/ MG, 2025, 4’11’’
Uma videodança que entrelaça corpo e terra retratando o árduo trabalho no campo, a luta diária pela sobrevivência e a poesia dos gestos que cultivam esperança. Entre suor e sonhos, movimentos refletem a resistência e o encanto de quem transforma a terra em vida, dançando a dureza e a beleza da existência.

Sangria
Brasil/ PE, 2023, 9’14’’
Após beber a sangria desatada em uma festa produzida pelo capital, um grupo de quatro amigos resistem e contra-atacam o sistema destruidor de sonhos, memórias e amores com movimentos aprendidos e propagados pelos seus ancestrais. Sangria é a bebida composta de sangue e dores que deve ser extinta da humanidade.

Seliberation #3
Brasil/ SP, 2024, 5’45’’
Deusa dec falanges disformes. Uma coexistência quimérica. Um corpo DEFípede.

Sustenta a pisada!
Brasil/ PE, 2024, 7’13’’
Hoje é impossível pensar o Samba de Coco de Arcoverde sem o tamanco e os passos do trupé. Sua pisada ímpar e cativante é carregada de ancestralidade e ritmo. A grande maioria dos passos utilizados hoje pelos grupos da cidade foram criados por Valete Gomes, que faz parte da primeira geração de dançarinos após a inovação do tamanco de madeira trazida por Lula Calixto. Então, por que não deixar que os pés de Valete contem essa história?

Videodronedança: dispositivo coreográfico
Brasil/ MG, 2022, 5’14’’
Esta obra audiovisual aprofunda relações estabelecidas entre drone e dança no espetáculo Dispositivo Coreográfico, criado pelo Provisório Corpo Grupo de Dança. Partindo da captura de imagens de 7 apresentações realizadas em diferentes espaços da cidade de Uberlândia, apostamos em uma cartografia de chãos que entrelaça urbanidade e cerrado, numa trama feita de danças, corpos, sombras, pixels e afetos.

Xirê urbano
Brasil/ PR, 2024, 4’16’’
"Xirê Urbano" é um filme que investiga a interseção entre o corpo e o ambiente urbano. Ambientado no pulsante coração da cidade, a obra combina dança Contemporânea com movimentos dos Orixás e os ritmos naturais da metrópole, tecendo uma narrativa visual que revela a coexistência dinâmica entre a vida humana e o espaço urbano. Através da fusão dessas expressões artísticas, o filme oferece uma reflexão sobre como encontrar harmonia em meio ao caos cotidiano, destacando a importância da diversidade cultural e da sustentabilidade.

Zumo
Brasil/MG, 2024, 9’37’’
"ZUMO" é uma videodança poética que revela a essência de Maxmiler Junio. Em uma fusão de dança contemporânea e audiovisual, a obra retrata a luta, a resiliência e a liberdade de um artista negro e LGBTQIA+, extraindo o "sumo" de suas experiências. Desenvolvida como uma árvore em constante crescimento, "ZUMO" reflete as raízes culturais de Maxmiler, das influências da capoeira, jazz e congado às vivências de resistência e inclusão que moldam sua trajetória. Cada fase representa o amadurecimento de sua arte e vida, em desenvolvimento contínuo.